quarta-feira, 29 de junho de 2011

Definição.

Uma vez minha mãe me disse que nós teríamos que suportar certas pessoas mesmo não gostando. E que poucos minutos perto dessas pessoas poderia se tornar uma eternidade. Eu não sabia que isso iria acontecer muito cedo. E o que ela se esqueceu de dizer foi que o meu sangue iria ferver a cada hora que essa pessoa falasse ou ao menos pensasse em falar. Por que nem a voz a gente agüentaria. E eu conheci um moço que foi exatamente assim. As coisas que ele falava e às coisas que ele fazia, eu não o conhecia, nem queria. Mas, já sabia uma coisa: Eu não o suportaria! “Beber, beijar, farrar, namorar, derramar, rasgar, agarrar”. “Eu sou o mais lindo”, “eu sou o mais rico”, “fulano é rico, fulano é pobre. EU SOU O MELHOR”. Isso seria apenas pra mostrar pras pessoas que ele vai ser sempre assim? Seria isso que ele queria? Ficar estacionado eternamente em sua vida, como se a vida dele resumisse apenas naquilo. Ele apenas quer provar pra os amigos dele o quanto ele é o “REI” ou o “MELHOR”? Quando vemos uma pessoa assim, sabemos que existe algo além dessas coisas no cérebro. Alias, será que existia outra coisa no cérebro desse moço? Será que ele tinha um cérebro? Ou, será que ele viveria em um mundinho medíocre, onde as pessoas só pensam nisso e não querem nada mais, além disso? Por essas e outras razões eu não o suportaria.
Minha mãe esqueceu-se de dizer outra coisa: Que o destino prega peça. Que eu teria que aceitar esse moço. Que uma hora ou outra a gente muda de opinião. E acaba percebendo que no fundo esse moço não era tão insuportável como eu imaginava! Eu iria suportar muito mais do que esperava. Eu iria conviver, conhecer e saber quem era esse moço.
Esse moço com cara de anjo é manso como um gatinho e às vezes feroz como um leão. Um olhar que me traz paz, mais que ao mesmo tempo pode me trazer desespero. Um sorriso encantador, um abraço de urso, um jeito misterioso, uma voz que me acalma. Que mal ele me faria? [Pausa de 20 minutos] Mal algum. Então acabei percebendo que aquele moço insuportável, que eu não agüentaria ao menos ouvir a sua voz, entraria na minha vida e se tornaria uma pessoa tão... Faltam-me palavras pra descrever o que seria.
Foram conversas, atos, ações que me mostraram que aquele moço que eu achava que fosse tão medíocre, tão insignificante, tão insuportável, tão incapaz de viver perto das pessoas. Ele teria um coração, ele tem um bom coração.
Esse moço guarda um mistério dentro dele que ninguém é capaz de desvendar. Onde poucas pessoas conseguem chegar. Nem ele mesmo sabe como revelar esse mistério.
Quem vai explicar? Você ou a vida.

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