segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um quase nada!


'desde então comecei a medir a vida não pelos anos, mas pelas décadas. A dos cinqüenta havia sido decisiva porque tomei consciência de que quase todo mundo era mais moço que eu. A dos sessenta foi a mais intensa pela suspeita de que já não me sobrava tempo para em enganar. A dos setenta foi temível por uma certa possibilidade de que fosse a última. Ainda assim, quando despertei vivo na primeira manhã de meus noventa anos na cama feliz de Delganina, me atravessou uma ideái complacente de que a vida não fosse algo que transcorre como o rio revolto de Heráclito, mas uma ocasião única de dar a volta na grelha e continuar assando-se do outro lado por noventa anos a mais(...)'

[Trecho do livro - Memórias de minhas putas tristes.]


Com o tempo a vida vai passando e você vai vendo quem são as pessoas que permanecem. Existe tantas pessoas que usam palavras bonitas. Podem até se sentir nas alturas por isso. Mais do que adianta tudo isso se são apenas pessoas e objetos usados pra nos fazer algum tipo de crise?
O tempo pode passar rápido, as pessoas podem não nos amar da forma que nós esperamos. Você pode não acreditar tanto em si. Pode ter pena de muita coisa.
Com o passar do tempo você vai ver que ficou estacionado e parado no mesmo lugar de sempre, as pessoas que você pensava que estariam ao seu lado. Vão realmente ficar longe de você.
Se cuida. Apesar de tudo. Quem sente mais pena sou EU!


Foto e edição por// Sara Andrade!

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