quarta-feira, 13 de julho de 2011

Relatos de uma mãe pra uma filha!


Você tem sonhos e arrependimentos. Você tem amores impossíveis e não suporta estar errada. Tem vontade de crescer, já cresceu, mais ao mesmo tempo não deixa de ser criança. Sabe que as pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você aos outros (Você me disse isso uma vez). Odeia estar sozinha. É teimosa e acredita que o mundo pode mudar se todos fizerem a sua parte. Você se perde nos pensamentos e vi você contando um segredo seu ao vento, quando ninguém estava olhando. É viciada em música, em textos, em histórias do cotidiano que podem acontecer comigo e com você. Minha filha tem cultura. Coisa que falta na cabeça de muita gente por ai, como você mesma diz. Tem medo de certas responsabilidades, mas as busca como forma de amadurecimento. Ama tirar fotos. É orgulhosa às vezes. Chora de dor, de solidão, de tristeza. Mas tudo isso faz parte do ser humano. Confia demais nas pessoas erradas e involuntariamente não dá o valor que as certas merecem. Vive tentando mudar as pessoas e isso já fez você sofrer bastante, não é mais novidade pra ninguém você querer “fazer de certas pessoas melhores”. Fala com o computador que já foi parceiros de muitas lágrimas. É imprevisível. Tem o péssimo habito de olhar as coisas com olhos velhos. Você chega a sua casa; você olha pra ela sem olhar pra ela. Você a conhece – não há necessidade de olhar pra ela. Você tem entrado nela de novo e novamente por anos seguidos. Você vai até a porta, você abre a porta, você entra. Mas não há necessidade de olhar. Você me olha todos os dias, nos olhos, bem fundo. As vezes você passa, dando uma olhada eventual, não um olhar. É ai que eu sei que nada vai bem contigo. Estou escrevendo como você, dizendo o que pensa. Por que assim você não obriga ninguém a escutar, a ler. A pessoa lê se tiver vontade. Você não está aqui pra agradar a ninguém. EU tenho um breve sentimento de vingança em você de vez em quando, mesmo sabendo que é errado. Mas, as vezes você só sabe o que é errado provando do próprio erro. Eu salvo uma amiga do que quer que seja, mesmo que seja de uma galinha, você também é igual a mim. Nós somos valentes. Cultivamos amigos e não as magoas. E tentamos ser uma boa pessoa. Para os outros, para mim e para você. Você já sofreu, já chorou e já achou que o mundo ia cair em cima de você. “Eu me dei conta que algumas cicatrizes só somem quando outras aparecem.” Palavras da sua boca. Já ligou – e liga – para escutar uma voz. É – tenta ser – sincera, á provou do próprio veneno e sabe o quanto é letal. Por isso procura não lançar contra as pessoas. Não é por bondade, mais medo que ele outra vez respingue em você. Insegurança, intensidade, imperfeição... Para alguns você é mais uma garota “QUERENDO SER A DIFERENTE” para outros você é “ A PROPRIA DIFERENÇA”.

Relatos de Dona Solange Formiga, minha MÃE. Falando sobre mim, Pollyanna Ellen.

Ps. A foto da postagem, foi ela que escolheu. rs =*

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